quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Um aperto de mão


Deu entrada no Hospital Evangélico, uma paciente com 65 anos , aparentando 80, isto pelos maltratos da vida, várias características indicavam esta aparência: rosto triste, muito triste expressão de medo ou temor, indicando alguém muito sofrida, sem esperança. O HEP era o terceiro hospital por ela procurado, não há vaga, era o que seus familiares escutavam . Esperavam mais um NÃO, o que não aconteceu. Tentamos conversar, dar um pouco de ânimo, de alento, o que de início não conseguimos. Vagarosamente um sorriso brando aparece em sua fáce enrrugada pelo passar do tempo e o sofrimento diário de um amanhã incerto. Finalmente adquirimos sua confiança. Olhou para mim, estendeu sua mão. Entendi o apelo. Sem vacilar segurei com as minhas duas mãos dando o apoio que precisava naquele momento. Calmamente segui-o em direção a enfermaria que lhe fôra reservada, onde uma cama dígna, com lençois limpos e a atenção devida dos funcionários a esperavam. Medicada, dormiu tranquilamente confiando que tudo iria dar certo. E deu, recebeu alta e voltou à sua familia. "Um sorriso de alguém que há muito não sorria".

Obrigada Senhor por mais uma oportunidade que me deste de Te servir por intermédio de uma criaturinha Tua, que acreditamos AMAS. Amem.

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